Voluntariado - Exército

quarta-feira, julho 20, 2005

Exército – Infra-estruturas dirigidas aos Voluntários

A questão da habitabilidade, condigna desde o primeiro dia de prestação do serviço militar do jovem Voluntário, no Exército Português, salvo algumas excepções, continuam como eram para receber os jovens militares Conscritos, habitáculos enormes, denominados casernas, com uma cama e armário individual para o mínimo de 20 jovens e instalações sanitárias a partilhar por todos.

Condições que se justificarão, durante o período de instrução e aquisição de competências específicas para o desempenho da profissão militar, mas que deixam de fazer sentido, quando o militar é considerado apto ao desempenho da sua missão, ou seja, ser militar.

Existem algumas Unidades militares que possuem quartos para 2, 3, ou 4 militares Voluntários Profissionais, com instalações para cada conjunto, lamenta-se que sejam casos esporádicos, quando deviam ser a norma.

Algumas Unidades e Órgãos militares possuem salas para estudo, com acesso à Internet, como convém, mas mais uma vez são casos esporádicos, quando já deviam ser a natural norma.

Como vemos, falta desempenhar com rigor uma nova gestão dos Recursos Humanos, no Exército Português, que nos permita aceitar a designação de Soldado Profissional, a todo aquele ou aquela que são incentivados a prestar o serviço militar no Exército Português.

A coerência é algo com que a tutela Política se deveria preocupar, falar-se de Profissionalização da Forças Armadas, quando cada Ramo das mesmas, desenvolve o seu trabalho diário em realidades diversas, a maioria das quais, em patamares inferiores de preocupação com a garantia de satisfação dos jovens, que são desafiados a prestar um serviço ao País, como voluntários, nas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, subverte completamente o espírito de Profissão.

O Ministério da Defesa, criou a Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar, que “é o serviço do MDN de concepção, harmonização e apoio técnico à definição e execução da política de recursos humanos necessários às Forças Armadas, à qual incumbe o planeamento, direcção e coordenação do processo de recrutamento militar e dos incentivos à prestação militar em Regime de Voluntariado (RV) e em Regime de Contrato (RC).”

Se o alojamento condigno, advém da própria Lei do Serviço Militar, temos que questionar a DGPRM do MDN, sobre todas as lacunas existentes nesta questão concreta das infra-estruturas dirigidas aos Voluntários, que muito pouco tem evoluído, afinal o que é que tem feito a DGPRM para cumprir a sua missão?

Parece-nos que muito pouco, ou mesmo nada.

Mas melhor que estas considerações de veterania, será que cada um dos que foi ou ainda é voluntário, comente estas considerações e aponte caminhos que façam todo o sentido o Exército Português seguir, a par dos outros Ramos das Forças Armadas Portuguesas, rumo a uma verdadeira Profissionalização, dessas mesmas Forças Armadas.

1 Comentários

At 8:04 da tarde, Blogger O Veterano disse...

Grande capacidade de resistência, com uma experiência que não deve ser de descurar, penso eu.

Vê-se pela observação que é feita, que de facto é real e triste, porque continuam a utilizar-se os recursos humanos, como elementos quase desprovidos de alma, onde o que é importate é cumprir quantitativos e ter a Parada cheia em dias de cerimónia, o que nos parece muito pouco.

A Orientação profissional individual, com apoio à integração na Sociedade Civil, também individual é uma urgência.

Enquanto a DGPRM do MDN não se assumir e o Ministro da Defesa Nacional, determinar com audição, conhecimento e sentido de responsabilidade a acção necessária, que passa por ter pleno conhecimento do que se está a passar, pôr os Incentivos a funcionar, porque só quando isso acontecer é que se poderá pensar em alterar, remodelar e inovar.

Até lá, aguarda-se o bom senso do Sr. Ministro da Defesa Nacional.

 

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