Voluntariado - Exército

quarta-feira, julho 27, 2005

Que Ministro da Defesa Nacional?

Pela Comunicação Social têm vindo a público sinais preocupantes, relativamente às Forças Armadas Portuguesas.

Parece que o Sr. Ministro da Defesa Nacional, Dr. Luís Amado, sem se preocupar em ouvir primeiro, todos os organismos intervenientes e de relevante importância na área das Forças Armadas, começou por querer impor mudanças, que pelo menos às Associações militares do Quadro Permanente, estão a causar enormes preocupações.

Por isso têm organizado eventos, desde marchas à civil, idas à Assembleia da República, culminando num Encontro de diversos elementos dessas mesmas Associações, que ocorreu em Almada.

É óbvio que todas estas convulsões, também colocam o Voluntariado e os Voluntários das Forças Armadas, em causa, porque qualquer alteração com tendência a piorar a condição militar, mesmo que seja no limite, afecta sempre os Voluntários das Forças Armadas.

Porque temos que cada vez mais estar atentos, infeliz foi a intervenção do Sr. Ministro da Defesa Nacional, Dr. Luís Amado, citado pela Lusa no Jornal de Notícias de 23 de Junho de 2005, que confidenciou que sempre foi “pessoalmente contra o fim do Serviço Militar Obrigatório”, que foi extinto em parte devido à “grande pressão das Juventudes Partidárias”.

O Sr. Ministro da Defesa Nacional, Dr. Luís Amado, não diz que a Juventude do seu Partido foi das principais defensoras desta ideia magnânime, que as diversas áreas políticas com expressão maioritária a aceitaram, incluindo o Partido Político pelo qual é o actual Ministro da Defesa Nacional.

Já desde 19 de Novembro de 2004, que vigora em Portugal o Voluntariado nas Forças Armadas Portuguesas, como único caminho a seguir, mas parece que o Sr. Ministro desconhece que o Voluntariado tem um Regime de Incentivos, cujo único objectivo é cativar Jovens para as Forças Armadas Portuguesas.

Neste sentido, o Sr. Ministro não tem que inventar desculpas para a sua inércia, mas questionar a aplicabilidade destes mesmos Incentivos a sua funcionalidade e promover sim a sua máxima eficácia funcional, tudo o resto é demagogia que não é sequer para se pensar, enquanto mais para se citar ou aceitar.

Sr. Ministro da Defesa Nacional, Dr. Luís Amado, faça o seu trabalho como tem que ser feito, ou seja, primeiro saber o estado em que estão a funcionar as Forças Armadas Portuguesas, reparar os erros, verificar a eficácia funcional e só depois promover as mudanças tendentes a inovar, porque o que se tem pretendido fazer é de difícil digestão.

A intenção até pode ser boa, mas ninguém percebe a estratégia, ou sequer a eficácia no sentido do bem comum, por isso as movimentações Associativas, mais ou menos visíveis à opinião pública, porque infelizmente, ainda é o medo desta opinião pública, que consegue obrigar os Políticos, a que cometam o menor número de erros possível, daí as movimentações Associativas.

A continuar com as remodelações, sem um verdadeiro diálogo, está-se a pôr em causa, também o Voluntariado nas Forças Armadas Portuguesas.

2 Comentários

At 11:39 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Meus caros amigos... destes nosso novo pack de governantes já nada me surpreende! Hoje dizem, amanhã retiram e depois voltam a afirmar, daí...

O importante é que este país à beira mar plantado tenha alguém com bom senso e que diga as estes "assalariados" qual o rumo certo a seguir!!!

É vergonhoso... ouvilos falar do que não sabem... tenham coragem e vão todos embora como fez o ex Ministro das Finanças... que Portugal e os portugueses agradecem

 
At 4:09 da tarde, Blogger O Veterano disse...

A proposta é interessante, mas já lá passaram de todos os quadrantes Políticos, os dos Partidos que ainda não passaram pela governação, ainda são mais assustadores, uma vez que quem percebe do assunto, vê que trabalhar para o bem comum não é propriamente um interesse que se sinta, também da parte destes.

Da forma que o País foi entregue a estes incompetentes e egoístas interesseiros da Política Profissional, sem sentimentos sociais e humanos, que conseguem abafar os que por lá andam a esforçar-se para produzir para o bem comum.

Só uma intervenção Divina directa salvaria o nosso Povo, mas como nos foi entregue o livre arbítrio, então, temos que ser nós de forma individual e colectiva, a contribuir para disciplinar os que têm abusado da boa vontade do nosso Povo.

Contribuindo para dar voz aos que por lá andam e são altruístas, este modelo partidário está completamente esgotado, porque só dá a voz e capacidade de intervenção aos que ao longo dos anos têm destruído completamente o nosso País.

Um bom primeiro passo, seria durante 4 anos sermos administrados de forma directa pela União Europeia, enquanto isto não acontecer vamos continuar à deriva com forte risco de naufrágio e afundamento, antes que isto aconteça temos que dar de imediato este primeiro passo.

 

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