Voluntariado - Exército

quarta-feira, março 01, 2006

Voluntário no Exército Português; Quem? I

Porque faltou a adequada preparação em tempo e o que é mais curioso, durante a fase de transição legal, o tempo foi passando de 1991 a 2000 e desta data até ao presente, sem que se conseguisse definir o Voluntário a angariar para as fileiras das Forças Armadas Portuguesas, ou seja, cada Ramos das Forças Armadas fez o que esteve ao seu alcance para o conseguir.

No Exército, por diversas falhas funcionais que se fundamentaram nas quantidades que o “SMO” lhe traziam, ainda hoje não se conseguiram habituar a trabalhar por antecipação, a única preocupação visível é a obtenção de 1 recurso humano para 1 lugar, independentemente da qualidade, a continuar-se com esta mentalidade, qualquer dia não há quem recrutar, principalmente porque o brio profissional se está a esbater completamente.

Ou a Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar (DGPRM) do Ministério da Defesa Nacional (MDN) assume a sua missão no papel que lhe está atribuído na Profissionalização das Forças Armadas, ou só se vai conseguir parar quando o descalabro for absoluto.

Recruta-se de forma descoordenada, selecciona-se sem preocupação com a qualidade, mas com a preocupação de 1 lugar, 1 recurso humano, independentemente das suas capacidades humanas e sociais, o espírito que reina é do que se este falha recruta-se outro e assim sucessivamente.

Não se presta apoio à integração na sociedade civil dos militares voluntários que terminam os seus períodos contratuais com as Forças Armadas Portuguesas e tão pouco se acompanha o percurso de cada um destes militares na disponibilidade, isto porque não nos podemos esquecer que estes cidadãos em maior ou menor grau foram preparados para combate, em que no mínimo aprenderam a disparar com uma arma de fogo, basta só que pensemos neste pequeno pormenor para que se perceba a gravidade de toda esta negligência.

Toda esta panorâmica é uma visão antecipada de um descalabro que a determinada altura se pode tornar iminente, o que desacreditaria a Defesa Nacional, os Ramos das Forças Armadas Portuguesas e por consequência Portugal na sua relação com os aliados, com quem participamos em missões de Paz.

Tem-se conseguido tapar o sol com a peneira, só não sabemos até quando.