Voluntariado - Exército

quarta-feira, março 08, 2006

Voluntário no Exército Português; Quem? II

Muito por responsabilidade na incapacidade de assumir a sua função a Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar (DGPRM) do Ministério da Defesa Nacional (MDN), está a prejudicar seriamente Portugal.

Do recurso humano voluntarioso e dedicado, está-se a passar para o recurso humano mercenário, sem objectivos patrióticos, humanos e sociais, isto é muito perigoso, porque leva à perda da coesão nacional que como sabemos se fundamenta no patriotismo, transitando perigosamente para um voluntário com o espírito “o que eu quero é o meu”.

Mas está tudo perdido?
Obviamente que não, desde que o Ministro da Defesa Nacional faça o que tem a fazer, ou seja, colocar gente competente e com visão de aplicabilidade normativa do que já existe, adequando-a às necessidades e ao interesse nacional.

Após isto, tem obrigatoriamente que se começar por explicar aos Portugueses, afinal o que é que é a Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas?

Como é que se chegou cá?

O que é necessário para a sua eficácia?

Que recursos humanos se pretendem?

Como motivar e incentivar a que venham os cidadãos de qualidade prestar serviço militar voluntário nas Forças Armadas Portuguesas?

Como é que se pretende efectuar uma selecção rigorosa de recursos humanos à prestação de serviço militar voluntário nas Forças Armadas Portuguesas?

Como é que se pretende efectuar o acompanhamento à aplicabilidade normativa em que a funcionalidade tem que ser constante, a par da sua própria inovação?

Como é que se pretende efectuar o apoio à integração no mercado de trabalho dos militares que cessão o seu serviço militar voluntário?

O acompanhamento destes militares deve ser contínuo mesmo para lá da vida militar, indo mesmo até ao efectivo enquadramento social, porque não se tem assistido a nada disto a preocupação é imensa.

Ou se para o ciclo de espiral negativa a que se tem assistido na Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas ou teremos a breve prazo a implosão.

6 Comentários

At 11:45 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Eu acho que é altura de referir que a famosa DGPRM não é a unica entidade interveniente na profissionalização e culpa-la de todos os problemas se calhar é o caminho mais fácil, mas não o mais sério. E quem tem um conhecimento tão profundo desta temática sabe isso. Esta na altura de encarar os problemas de forma mais abrangente

 
At 8:59 da tarde, Blogger O Veterano disse...

É evidente que temos que esperar pelos próximos capítulos, aguarda pelos próximos desenvolvimentos, é certo que a DGPRM não é a única entidade responsável na Profissionalização com responsabilidade, mas é a principal, isto porque cada vez mais se acumulam as situações de problemas relacionados com a Profissionalização que derivam directamente da sua inércia como entidade que tem responsabilidades que lhe estão atribuídas pelo Decreto Lei nº 290/2000 de 14 de Novembro, basta ver os seus artigos e alíneas e o que está a ser feito de forma efectiva.

A falta de seriedade tem estado do lado de quem tem dirigido a DGPRM, porque não tem uma estratégia nem direcção a imprimir numa dinâmica que com objectividade, neste momento, teria uns resultados completamente diferentes para melhor daqueles a que se estão a assistir.

È certo que algumas coisas vão funcionando, mas a anos luz do potencial.

Não se conseguiu imprimir uma dinâmica nova a algo que tinha de funcionar de forma nova e interactiva, ou seja, funciona de moldes tradicionais e em circuito completamente fechado, por muito que outras entidades com responsabilidade quisessem intervir, não o podem fazer porque os circuitos estão sabotados, assim é difícil de deixar de responsabilizar quem tem efectivamente responsabilidade.

Quanto à seriedade cada um tem a sua própria interpretação dela, a que eu faço fundamenta-se no óbvio, até porque se sabe que existem muito bons projectos que estão engavetados pelo mesmo sistema que tem boicotado todo e qualquer tipo de inovação e de dinâmica adequada aos tempos em que vivemos.

Tenho dito.

 
At 12:04 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

As responsabilidades inscritas nas Leis todos as conhecemos, aliás em matéria de Leis somos dos países mais avançados da Europa. Só que a questão passa também por meios para cumprir essas mesmas Leis e aí, nesta e noutras áreas estamos algo deficitários.
Quanto ao que nos interessa o que convém que todos tenham em mente é que para além da DGPRM (que concordo terá responabilidades) existe um Ministério, existem Ramos cada um com uma cultura própria pouco pautada pela partilha e pela cooperação. Acrescendo o facto de a legislação nesta matéria obrigar a interligações entre ministérios. O que acho é que é este o circuíto da responsabilidade, mas convenhamos é mais fácil do ponto de vista discursivo e menos exigente em termos argumentativos arranjar um só culpado para os "males do mundo".
Pelo que depreendo das suas palavras não nos distinguimos no objectivo, todos queremo o melhor para as Forças Armadas (se bem que eu como leigo cidadão ainda não saiba o que são Forças Armadas dada a individualidade de cada um dos ramos)os caminhos é que nos distinguem, uma vez que parece mais preocupado em identificar inimigos e acusa-los, centrado no processo e nos dirigentes do processo esquecendo-se das pessoas.
também tenho dito

 
At 9:50 da tarde, Blogger O Veterano disse...

As responsabilidades inscritas nas Leis, só alguns as conhecem, sendo esses que utilizam esse conhecimento de forma arbitrária e com claro oportunismo, mas a verdade é o que é, por mais esforço que seja feito para a esconder, surge sempre quando menos se espera, o mesmo vai suceder com a acção completamente enviesada da DGPRM, pelas omissões do seu responsável máximo.

A do País mais avançado nas leis, é um argumento desenquadrado e favorável aos prevaricadores que as utilizam, não para servir mas para se servirem, mas o seu fim está muito próximo.

Os meios quando existe a boa fé e vontade firme em crer servir, naturalmente surgem e superam todas a contrariedades, também aqui é desculpa de mau pagador argumentar-se desta forma, porque deficitária em abono da verdade é toda esta argumentação.

O que convém se tenha em mente é que é a DGPRM a principal responsável pelos anos de atraso que cada vez mais leva a Profissionalização das Forças Armadas, no Ministério não consegue impor a natural importância da Profissionalização por inércia, em relação aos Ramos a DGPRM não ocupou o seu lugar natural de Gestor de todo o processo contentando-se em ser mero espectador, em relação à articulação com outros Ministérios nem é positivo falar, uma vez que dentro da DGPRM existe a Comissão de Acompanhamento Interministerial para a aplicação dos Incentivos que a DGPRM ainda não conseguiu por a funcionar, porque é da DGPRM que deveriam partir as soluções e não a enumeração de problemas como que sacode a água do capote, a DGPRM é muito responsável porque da verdade é impossível fugir-se.

Argumentar-se com mais responsáveis é o cúmulo da covardia, uma vez que quem tem que se assumir, simplesmente não o tem querido fazer.

A exigência tem que se fazer sempre a quem é verdadeiramente responsável e nesta matéria só se encontra inércia numa entidade que devia ser protagonista pela positiva, aqui nem cabe o discursivo, nem o argumentativo porque o que é óbvio é óbvio sempre.

Depreender na fuga em frente é muito fácil, já assumirem-se as responsabilidades, infelizmente vai ter que ser pela imposição do óbvio, quando tudo poderia ter sido evitado com o adequado trabalho pró activo em cooperação com todos os sectores abordados e outros que muito poderiam ter contribuído, mas o egoísmo apoiado no medo mesquinho não o tem permitido.

Acusar fá-lo a si próprio o acto de quem sente o aperto da Verdade, as pessoas são as que mais têm sido esquecidas pelo egoísmo de quem dirige de forma mesquinha um organismo que é responsável máximo pelo fracasso.

Tenho dito e confirmo as afirmações para o bem das gerações futuras.

 
At 10:55 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Carissimo veterano,parece-me que não está habituado ao debate e à argumentação. Apelidar de cobarde quem simplesmente manifesta uma opinião não coincidente com a sua e ameaçar que o juizo final vem aí repor a verdade (a sua) e castigar todos os malfeitores não me parece muito saudável. Assim ficará a falar sózinho. Só porque considero que a famosa DGPRM, e digo famosa porque em quase todos os seus posts é o alvo preferencial (embora o blog seja de voluntariado), não é a UNICA responsável de todos os males não estou disposto a ser tratado como se eu fosse DGPRM. Não retiro uma virgula ao que defendo e como lhe dissem, embora nem tenha notado, estamos de acordo em relação a muita coisa mas completamente afastados em relação à forma.
Os seus textos fazem parecer que a sua acção ou é politica ou é de luta pessoal e por esses caminhos eu não perco o meu tempo.
Quando voltar a reflectir sobre o voluntariado e acima de tudo sobre os voluntários, quando quiser reflectir sobre o modelo de profissionalização na perspectiva da sociedade em geral dado que não é só uma questão para militares e quando estiver disposto a encarar a necessidade de abordar o papel de TODOS os intervenientes neste processo (desde os gestores do processo, aos militares e mesmo à associações) sem esquecer a sua tão amada DGPRM mas sem esgotar nela a sua capacidade de reflexão, cá voltarei para reflectir consigo.

Louvo a sua iniciativa de escrever sobre o voluntariado, acho que ocupa um espaço que é necessário, mas acho que pode ir bem mais longe do que tem ido direccionando-se também para aqueles que são menos veteranos e que buscam informação. Talvez por aí tenha mais gente a le-lo e a reflectir consigo.
bons textos

 
At 9:44 da tarde, Blogger O Veterano disse...

O que parece nem sempre é, não é hábito que faz o monge mas os hábitos que o monge tem, quanto à argumentação utiliza-se a necessária para desmascarar os pseudo samaritanos, que na primeira oportunidade tudo fazem para justificar o injustificável.

Responder a opiniões é natural, deixa de o ser quando quem o faz tem responsabilidades que oportunidades passaram e não as assumiu, a verdade é o que é e a justiça também, toda a pedra que é lançada ao ar tem sempre que cair, portanto muito cuidado, porque na verdade a saúde está em sério risco.

A falar sozinho não estou, porque em breve mais virão falar tomando consciência de uma verdade que é óbvia para os mesmos que conhecem as leis, quanto aos outros por enquanto ainda é ignorância, mas só por enquanto.
O Blog é de Voluntariado, que é gerido pela DGPRM e da forma catastrófica que os que bem conhecem sabem, porque os males são negligência clara da DGPRM, ao longo dos sucessivos anos de responsabilidade omissa, mas de outras entidades também.

Eu notei muito bem tudo e sei que concordar é de pouca relevância, porque não muda em nada os erros cometidos, por isso é que a forma é com é.

A minha acção só pretende contribuir para a limpeza do lixo que se tem acumulado ao longo dos últimos anos de inércia de quem já bem sabemos.

Os outros organismos têm tido o seu papel de tapar buracos relativamente à inércia da DGPRM, o que não deixa muito espaço de manobra.

Voltar cá é natural mas não vai acrescentar muito ao fracasso da DGPRM.

Quanto às abordagens elas ficam registadas e a seu tempo o que se pretende será atingido, ou seja, a limpeza do lixo egóico que por lá anda.

 

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