Voluntariado - Exército

quarta-feira, março 22, 2006

Voluntário no Exército Português; Quem? IV

A responsabilidade também é do Presidente da República, simplesmente porque acumula nas suas funções a designação de Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas.

Esta mais que uma designação atribuída pela Constituição da República Portuguesa, encerra também uma série de responsabilidades que foram cumpridas numa base de distância suficiente que não permitiu se notasse qualquer intervenção eficaz do Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas na defesa dos seus subordinados.

Então a nível do processo de Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas não se tem conhecimento de qualquer tipo de intervenção que disciplinasse de forma eficaz todo o processo evolutivo da transição, a prova está nos resultados que se evidenciam e têm vindo a ser abordados neste Blog.

Têm-se conhecimento de que o Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas, dizia estar a acompanhar todo o processo com muita atenção, ora muito bem, afinal que atenção foi essa que não conseguiu se alterasse de forma positiva aquilo a que agora estamos a assistir que podemos designar por descalabro na Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas.

Quem assistia às suas intervenções discursivas pensava estar-se perante um Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas que sabia o que dizia e estava a comandar na verdadeira ascensão da palavra, se assim fosse os resultados estariam a ser outros completamente diferentes daqueles a que se assiste no presente em que quase tudo falha, principalmente as estruturas de apoio à implementação eficaz da transição do serviço militar de conscrição para o serviço militar voluntário.

Na prestação do serviço militar voluntário quase falha tudo e o que funciona deve-se muito ao esforço isolado e sem apoio dos Ramos das Forças Armadas Portuguesas, quando a estrutura criada para a gestão de todo o processo no Ministério da Defesa Nacional fez o que quis e muito pouco do que a orgânica lhe determina, esta matéria já foi bem explicada em textos anteriores.

O Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas, nunca conseguiu estar verdadeiramente a par do que se estava a passar, principalmente porque fechou os ouvidos àqueles que de boa fé e extrema preocupação tentaram informar com verdade e exemplos que facilmente se confirmariam, assim o Comandante quisesse comandar de forma efectiva eficaz e na verdadeira defesa dos interesses de Portugal, o que não se verificou de todo.

Assistimos a excelentes discursos que pareciam de uma eficácia inexcedível, após todo o tempo passado a evolução que deveria ter ocorrido não se constata, porque pelos furtos se conhecem as árvores, temos que concluir que a boa prática não se concretizou, muito menos frutificou.

A concluir: - discursos sem boa acção não passam de ilusão, assim temos que tivemos como Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas um excelente ilusionista, mas um péssimo comandante institucional, que é confirmado pela própria interpelação pública que fez após deixar funções, afirmando que as Forças Armadas nos últimos 10 anos pouco evoluíram e perderam bastante poder de compra, temos assim a sentença aos seus dois mandatos de incompetência, um comandante que não conseguiu comandar e defender a estabilidade social dos seus homens.