Voluntariado - Exército

quarta-feira, abril 26, 2006

Desemprego atira jovens para a tropa II

O Sr. ex. Chefe do Estado Maior do Exército, General Loureiro dos Santos, tem sido o mais acérrimo defensor da estagnação e promotor da continuidade do feudo, mas cada vez está mais sozinho nessa tarefa, porque apesar das contrariedades e inércia de gestão ao nível da Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas, o desemprego tem vindo a ajudar a que os “velhos do Restelo” não se consigam aguentar por muito mais tempo em cima do cavalo do imobilismo, isto apesar da evolução e mudança serem a única constante a considerar, enfim.

Ainda por cima fundamenta de forma errada a ilusão do que defende, em primeiro lugar, para se dizer que o desemprego ajuda, não é necessário ser-se estratega, em segundo lugar, está mal informado, porque o que foi feito no tempo do Ministro da Defesa Dr. Paulo Portas, foi uma aparente exclusividade para a GNR, que não se concretizou porque não só os voluntários que tinham condições legais, em termos de idade para se candidatarem, não o puderam fazer penalizados pelo Estatuto da GNR, uma vez que vetou o abate à idade cronológica, até 7 anos, isto apesar da sua previsão no Regulamento de Incentivos ao Regime de Voluntariado e Contrato.

Daí esta incongruência ter possibilitado à GNR o recurso a civis, por desta forma se ter boicotado a candidatura a um número elevado de voluntários das Forças Armadas Portuguesas, o mais curioso é que nestas remodelações legislativas de traição à Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas, esteve presente a Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar (DGPRM) do Ministério da Defesa Nacional (MDN), o que nem sequer merece mais qualquer tipo de comentário.

Em terceiro lugar, coloca interrogações no mínimo aberrantes, porque se a Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar (DGPRM) do Ministério da Defesa Nacional (MDN) cumprir a sua missão e fizer o seu trabalho, o fluxo de voluntários pode é aumentar.

Quanto às baixas em missões de Paz, é completamente utópico, uma vez que a realidade tem vindo a apontar cada vez mais, um menor número de baixas em missões de Paz.

Este senhor pode é calçar definitivamente as pantufas e ficar a rever as suas memórias, porque de positivo para actualidade já muito pouco consegue oferecer.

Quanto à questão das mulheres na tropa, não existem estudos que confirmem que o alto índice de candidatas seja sinónimo de plena integração, destas na vida militar.

Já quanto ao ingresso de voluntários nas Forças Armadas Portuguesas, o Exército continua a ser diferente, mas de forma muito pouco positiva porque não forneceu o número de candidatos, ao contrário do que fizeram os outros Ramos que colaboraram, intervieram e explicaram.

Será que o Exército está a esconder algo?