Voluntariado - Exército

quarta-feira, novembro 16, 2005

Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas – I

A inexistência de Orientação Profissional de forma planeada e consistente, é constatação óbvia no seio das Forças Armadas Portuguesas, o Exército é o exemplo mais consistente desta realidade, que tem que ser contornada de forma urgente.

Esta Orientação Profissional deveria iniciar-se mesmo antes do jovem ser admitido como apto a prestar serviço militar, em Regime de Voluntariado (RV) e Regime de Contrato (RC).

Porquê?

Porque se evitariam constrangimentos ao jovem, que devidamente esclarecido, decidiria em consciência, prestar ou não serviço militar, dependendo do paralelismo entre essa prestação de serviço militar e o vislumbre de oportunidades reais duradouras, em termos de enquadramento social efectivo.

A Instituição ganharia imenso, porque estaria a evoluir e em busca contínua de padrões de excelência que não se vislumbram, por isso seriam uma mais valia detectadas logo na postura inicial implementada desde a angariação de novos jovens para a prestação de serviço militar, em Regime de Voluntariado (RV) e Regime de Contrato (RC).

O Recrutamento e a Selecção de jovens para a prestação de serviço militar, em Regime de Voluntariado (RV) e Regime de Contrato (RC), simplesmente tem vindo a reagir às novas circunstâncias, sem fazer o mínimo esforço de inovação e adaptação a esse desafio contínuo.

A Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar – DGPRM do Ministério da Defesa – MDN, que é a entidade responsável pelo estudo e implementação de critérios de inovação a vários níveis da Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas, nomeadamente no Recrutamento e Selecção de jovens para a prestação de serviço militar, simplesmente gere por reacção, sem conseguir impor inovação.

Em 19 de Novembro de 2005, fez 5 anos que se iniciou um período de transição para a consolidação definitiva do fim do Serviço Efectivo Normal (SEN), mais conhecido por SMO. Em 19 de Novembro de 2004, consolidou-se precisamente esse fim do SMO, passou um ano completo e continua-se a gerir todo este processo por reacção.

Tem valido o empenho de cada Ramo das Forças Armadas Portuguesas na superação de dificuldades, mas esta situação não pode continuar.

Ou a DGPRM do MDN, assume a sua responsabilidade, ou a breve prazo teremos o colapso na Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas, onde uma boa Orientação Profissional no Recrutamento e Selecção para a prestação de serviço militar, em Regime de Voluntariado (RV) e Regime de Contrato (RC), mesmo antes do seu ingresso, é algo que já deveria estar perfeitamente consolidado, sob orientação natural da DGPRM do MDN.