Voluntariado - Exército

quarta-feira, setembro 28, 2005

608 – Militares desertaram entre 2000 e 2003, nas Forças Armadas Portuguesas

Segundo o Portugal Diário, “o crime de deserção é mais frequente no Exército, nos postos mais baixos da hierarquia.”

Embora entre os anos 2000 e 2003, estivessem nas fileiras militares do Serviço Militar Obrigatório “SMO” e militares RV/RC, é de qualquer forma preocupante esta informação, principalmente porque coincide com o período de transição para o fim do “SMO”, que se concretizou em 19 de Novembro de 2004.

Quer isto dizer que afinal não se conseguiu, pela prática, cativar e satisfazer os jovens militares durante a sua prestação de serviço militar, o que fez com que alguns simplesmente não regressassem ao Quartel.

A Profissionalização das Forças Armadas, não tem sido trabalhada de forma séria pelo Comandante Supremo das Forças Armadas, o Sr. Presidente da República – Dr. Jorge Sampaio (são mais os discursos de circunstância que a obra), assim como pela Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República, porque a sua missão é de acompanhar, verificar e intervir na aplicabilidade normativa, que na questão da aplicabilidade da Lei do Serviço Militar, seu Regulamento e Regulamento de Incentivos, não se consegue percepcionar.

Quando o jovem recrutado se apercebe da diferença entre as técnicas de marketing utilizadas, de forma pouco séria, para o cativar a prestar serviço militar e a prática que se encontra a anos luz, vem o desânimo, uns saem logo que podem, outros, porque os entraves são muitos, perdem a paciência e naturalmente deixam de aparecer no Quartel, incorrendo em crime, do qual nem sequer estão devidamente informados à entrada.

Os verdadeiros responsáveis não são os jovens que desanimam, nem os que desertam, mas aqueles que utilizam o marketing de forma enganosa, com o único objectivo de cumprir estatísticas, pelo preenchimento de quotas, que sem olharem a meios atingem os fins, nesta matéria por inércia, é responsável a Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar (DGPRM) do Ministério da Defesa Nacional, isto porque não cumpre a missão que a constituição orgânica lhe impõe.

A hipocrisia tem um fim, porque a verdade, por muito que se esforcem para esconder é sempre verdade, em que a deserção é apenas um sintoma de uma verdade maior, que cada vez mais, vai ser impossível continuar a suster.

A prepotência do Ministro da Defesa Nacional, Dr. Luís Amado, só vai fazer com que haja um atraso no surgimento desta mesma verdade, só que o impacto vai ter efeitos imprevisíveis e descontrolados, o que não será nada benéfico para o futuro do próprio, mas a cama que ele está a fazer é esta, então, vai ser precisamente nesta que ele vai ter que se deitar.

1 Comentários

At 1:44 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

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