Voluntariado - Exército

quarta-feira, setembro 14, 2005

DIÁLOGO

Palavra simples, mas de enorme importância nas Sociedades ditas civilizadas, isto porque sem a sua prática, nada do que já funcionou, com o seu adormecimento ou desaparecimento é como deveria ser, ou seja, estável, consolidável e aconselhável.

O que parece estar a acontecer no nosso País entre o Ministro da Defesa Nacional – Dr. Luís Amado e as Associações representativas de uma determinada franja de militares das Forças Armadas Portuguesas, é precisamente o endurecimento de posições e o gradual desaparecimento do Diálogo.

É muito grave, porque cada vez mais, seria desejável que tanto Ministro, pelas suas responsabilidades como elemento do actual Governo de Portugal, como Associações, convergissem num diálogo que colocasse verdadeiramente os interesses do País, em primeiro lugar, em que as cedências de parte a parte certamente levariam a uma vitória do bem estar Nacional.

Está-se a caminhar no sentido oposto, porque não se vislumbra diálogo, nem tão pouco vontade para o estimular, quanto mais se endurecem as posições e os corações, mais difícil se torna a prevalência do natural bom senso. Mas será assim tão difícil reencontrar o equilíbrio?

Certamente que não, agora está cada vez mais nas mãos do Ministro, porque responsável político e iniciador de toda esta mudança, que por imperativa obrigação moral e normativa tem que assumir essa mesma responsabilidade e obrigação de tomar uma iniciativa, agora dialogante de forma séria, honesta e com o sentido do bem Nacional.

As Associações militares por muito que queiram contribuir para soluções, se o interlocutor (Ministro) nem sequer dá o mínimo sinal de boa vontade, temos o endurecimento de posições, em que quem claramente perde é o País, já o Diálogo dignificará certamente todas as partes.

O que se encontra verdadeiramente em causa, não é o haver ou não haver manifestação dos militares, organizada pelas suas organizações representativas, porque foi posta em causa a forma e essa basta adaptá-la, que de imediato aquilo que não era já volta a ser e a manifestação já se poderá realizar.

O bom senso Ministerial que deveria ter existido logo nos primeiros contactos com as Associações representativas dos militares, ou surge de imediato, ou só restará ao Ministro da Defesa Nacional – Dr. Luís Amado pedir a demissão, isto porque numa Democracia verdadeira, o fazer-se de conta que se faz mas não é para fazer, ou seja, Diálogo, tem um preço que está mais que visto, que tem que ser pago.

O que está em apreço não é fazerem-se ou deixarem de se fazer remodelações nas Forças Armadas Portuguesas, mas fazerem-se de forma correcta e consensual, em que a verdadeira forma é o Diálogo e não a Imposição.

2 Comentários

At 3:49 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

VIDA DE MILITAR RV/RC NO EXÉRCITO PORTUGUÊS

Cronologia de situações irregulares registadas aquando da prestação de
serviço militar no CIOE-Lamego:
Junho 2000 - Pedido transferência para RL2. Amparo avô gravemente doente.
Agosto 2000 - Transferência concedida para EMEL. CMDT CIOE não cumpre ordem
General CEME.
Setembro 2000 - 2ª Ordem General CEME de marcha para EMEL. Continuação do
incumprimento da ordem pelo CMDT CIOE.
Outubro 2000 - Exposição sobre a situação ao CEME - Sem resposta.
Novembro 2000 - 2ª Exposição sobre situação ao CEME - Sem resposta.
Fevereiro 2001 - 3ª Exposição sobre situação ao CEME - Sem resposta.
Abril 2001 - Exposição para General CEME enviada por advogado civil, pois os
militares recusaram representação.
Setembro 2001 - Óbito do avô sem auxílio e cuidados do neto.
Janeiro 2002 - Pedido de transferência para EMEL. Amparo avó.
- Acidente em serviço no quartel. Lesão no rotuliano esquerdo.
Fevereiro 2002 - DAMP/RPMNP indefere transferência por não ser compatível
com UEO, quando em 2000 tal era possível? Situação dúbia.
Abril 2002 - Cirurgia rotuliano esquerdo - HMR1/ Porto - Sem eficácia de
cura.
Maio 2002 - Baixa médica até 24 Junho 2002 para convalescer.
Junho 2002 - Passagem à disponibilidade unilateral do CIOE com data de 27
Maio 2002, lesionado no joelho esquerdo.
- Prorrogação do meu contrato para CEME - Sem resposta,
pois nunca saiu do CIOE - situação irregular e ilegal.
- Tratamento fisioterapia em clínica civil pelos próprios meios.
Julho 2002 - Convocatória CIOE para prorrogar contrato novamente - Ficou
sem efeito.
Setembro 2002 - Exposição para Director da DGPRM/MDN. Reenvio para CEME.
Abril 2003 - Perseguição efectuada por elementos da PJM.
Maio 2003 - Através de advogado, reunião com elementos da PJM em local
público, no Porto.
Julho 2003 - Solicitação resposta sobre exposição remetida à DGPRM/MDN ao
CEME - Sem resposta.
Agosto 2003 - Requerimento ao CIOE cópia documentos militares, conforme
legislação em vigor - Sem resposta.
Setembro 2003 - Inquirido como testemunha pela PJM.
Outubro 2003 - Solicitação resposta sobre cópia documentos militares ao
CMDT CIOE, C/C:CEME e QG/RMN - Resposta do CIOE irregular.
- Exposição ao Director do HMR1/Porto - Resposta negativa/Ilegal.
Dezembro 2003 - Requerimento cópia documentos militares à DAMP/RPMNP.
- 2ª Solicitação resposta sobre exposição remetida à
DGPRM/MDN ao CEME.
Janeiro 2004 - Resposta DAMP/RPMNP sobre requerimento cópia documentos
militares - Sem efeito, sendo remetido para CIOE.
Fevereiro 2004 - Exposição sobre situação ilegal entre CIOE - DAMP/RPMNP
CIOE, para Exmº Srº Provedor de Justiça.
Março 2004 - Entrada de queixa na Provedoria de Justiça - Proc. R.674/04(A4).
- Resposta à exposição remetida à DGPRM/MDN do CEME - irregular.
VIDA DE MILITAR RV/RC NO EXÉRCITO PORTUGUÊS Continuação de situações irregulares e outras, registadas após prestação de serviço militar no CIOE-Lamego: AGOSTO 2004-Resposta positiva da Provedoria de Justiça, através da DGPRM/MDN, por ordem do CEME-Proc.Arquivado. SETEMBRO 2004-CIOE não cumpre ordem do General CEME, uma vez mais.-Reabertura do Processo de Investigação na Provedoria de Justiça. Caros/as Associados/as e demais cidadãos/ãs, para que situações destas sejam irradicadas duma vez por todas do Exército Português, façam chegar esta circular a todo o povo do nosso querido País, afim de alcançarmos a tão desejada justiça ao derrotarmos, todos juntos, tais incompetentes e anti-patriotas.Obrigado! Afonso, Alferes na Reserva de Disponibilidade Associado nº486 da ANCE
Actualmente, encontro-me com lesão agravada e expandida à coluna lombar e
anca, na situação de desemprego, sem auferir subsídio de desemprego ou
qualquer pensão, com casa própria na iminência de arresto para pagamento de
hipoteca.

Estes são os INCENTIVOS REAIS para a prestação de serviço militar em RV/ RC,
impostos pelo Exército Português a milhares de militares no activo e na
disponibilidade.

JOVEM, SE PRETENDES UM FUTURO PRÓSPERO E DIGNO, NÃO TE ALISTES NO EXÉRCITO!
SERÁ O ERRO DA TUA VIDA - INFORMA-TE JÁ! NÃO SEJAS ENGANADO...




Afonso, Alferes OE na Reserva de Disponibilidade
Associado 486 da Associação Nacional de Contratados do Exército

 
At 6:48 da tarde, Blogger O Veterano disse...

Força na tua luta, este parece-me um caso de prepotência e clara falta de diálogo, é preocupante porque se o Exército está a fazer isto aos seus militares do Regime de Voluntariado e Regime de Contrato, está a cometer um erro inadmissível, principalmente porque o Serviço Militar Obrigatório, já acabou.

Se hoje em dia os seus Recursos Humanos assentam no Voluntariado, como é que se justificam estas atitudes?

Falta de reflexão é certamente o que está a acontecer, porque situações destas não podem ocorrer, o militar destes Regimes não pode continuar a ser visto com algo descartável que se usa e abusa, deitando-se fora quando assim lhes apetece.

Pede-se ao Exército uma atitude mais dialogante e responsável, principalmente porque a continuar-se com uma postura que levou ao avolumar de incongruências como as que são relatadas, poderá levar à implosão do próprio Exército.

Verifico que és Associado da ANCE, parece-me uma atitude sensata, porque se alguém te pode ajudar esse alguém é a ANCE.

É importante que outros que como tu, têm ou já tiveram problemas, só pelo facto de se terem voluntariado para o Exército, se juntassem através da ANCE porque a dispersão e a falta de contacto de uns com os outros, ajuda a que atitudes inadequadas como as que relatas permaneçam e se alarguem a outros que estão ou vão chegando ao Exército.

 

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