Voluntariado - Exército

quarta-feira, setembro 21, 2005

PRÓS E CONTRAS

Programa emitido, após gravação, na RTP1 na segunda-feira, 19 de Setembro de 2005, sobre os militares suas preocupações e acções desencadeadas, no sentido de chamar à razão o Ministro da Defesa Nacional – Dr. Luís Amado, relativamente a questões que no entender das Associações militares estão a ser tratadas sem o mínimo de respeito pelas normas que regem o Associativismo Militar, isto porque o Ministro considera que não tem que negociar com as Associações militares.

A mesquinhez mental do Ministro da Defesa ficou bem patente no debate, uma vez que se agarra a suposições e a mitos que no início do século XXI e consequente era do conhecimento não fazem o mínimo de sentido. Porquê?

Porque os Recursos Humanos, são a maior riqueza de um País, que no mínimo devem ser respeitados, como tal, se as suas sensibilidades, experiências e a realidade vivida, não é considerada, temos o descrédito, o descontentamento e a consequente manifestação dessa preocupação, que no limite poderá levar a uma acção extrema.

Já a necessária Boa Vontade do Ministro para gerir a Defesa Nacional e as Forças Armadas, recorrendo a todas as sensibilidades, seria uma prova da sua inteligência progressista de rentabilização natural das sinergias geradas de forma espontânea, que bem encaminhadas permitirão a necessária adequação das Forças Armadas aos tempos actuais.

No meio de tudo isto, temos os Voluntários das Forças Armadas que se começam a preocupar pela acção desenquadrada do Ministro da Defesa Nacional, principalmente ao nível do levantamento da aplicabilidade normativa dos Incentivos ao Voluntariado que muito pouco têm progredido.

Tarda em corrigir-se o que não funciona e pôr a funcionar de forma inequívoca o que, neste momento, já deveria funcionar de forma natural, assim é muito difícil ter confiança no presente, enquanto mais no futuro.

É extremamente grave que o apoio à integração na vida activa dos militares em Regime de Voluntariado e Regime de Contrato (RV/RC), prevista já desde 1991, em pleno século XXI e neste ano da graça de 2005, ainda não exista.

Só um Ministro da Defesa Nacional, possuidor de uma natural Boa Vontade, será possível retirar a Defesa Nacional e as Forças Armadas deste impasse, em que tudo é avaliado em Euros, que certamente são necessários, mas esquece-se com esta atitude, pouco progressista, a avaliação das acções a implementar pelo seu potencial que urge dinamizar, nestas questões marginalizar os Recursos Humanos é cegueira, porque jamais algum País conseguiu inovar, sem a consequente participação informada, consciente e dinâmica daqueles que são o princípio e o fim de qualquer inovação.