Voluntariado - Exército

quarta-feira, novembro 23, 2005

Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas – II

Existe Orientação Profissional, na perspectiva de acompanhamento do jovem militar, admitido a prestar serviço militar?

De forma pontual, existe, isto da perspectiva do que são os reais interesses de integração na vida activa dos militares em Regime de Voluntariado (RV) e Regime de Contrato (RC), porque a única preocupação das Forças Armadas Portuguesas, é muito em função das suas necessidades técnicas e militares muito específicas.

Já de forma sistemática, generalizada e abrangente com a perspectiva, não só da satisfação das necessidades das Forças Armadas Portuguesas, mas também de atribuição de competências mais generalizadas e certificadas, no sentido de uma natural e real integração na vida activa destes jovens no final da sua prestação de serviço militar, claramente esta preocupação não existe.

No Exército a sua existência é pontual e na maioria das circunstâncias, coloca-se sempre à frente a necessidade de colmatar as próprias necessidades que resultam da sua missão militar, com prestação de serviços muito específicos, o que não deixa de ser importante, mas esquece a certificação generalizada destes jovens, para a promoção natural de uma real integração social, aquando da sua passagem à disponibilidade, um pequeno esforço bastaria, para contrariar esta situação óbvia, isto porque existe um tempo legal permitido por lei, para quem presta serviço voluntário em RV/RC, que actualmente são 6 anos em RC e 7 anos para quem inicia a prestação do serviço militar pelo RV.

Uma estrutura estatal, como é o Ministério da Defesa Nacional, não se pode dar ao luxo de continuar a tratar de forma pouco cuidada ou mesmo irracional, jovens que são convidados pelas suas campanhas de Marketing a que prestem serviço militar em RV/RC, convencendo-os de que é muito fácil uma futura integração social, pela existência de Incentivos legais que os preparam para tal, não abordando a sua real ineficácia funcional e integradora.

Quando a Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar – DGPRM do Ministério da Defesa – MDN, descura completamente a sua missão de acompanhamento de todos os patamares de Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas, que compreendem o antes, o durante e o após prestação de serviço militar em RV/RC, pelo jovem que no fim de contas é aliciado a voluntariar-se, atinge-se facilmente a perplexidade.

Por isso afirmamos, que é fundamental uma boa Orientação Profissional de acompanhamento e apoio, durante a prestação do serviço militar do jovem em RV/RC e no pós prestação de serviço militar, quando ela é pontual ou inexistente, temos que nos preocupar e tudo fazer para inovar, mas aqui, é o Ministério da Defesa Nacional que tem que actuar e definitivamente pôr a funcionar.

2 Comentários

At 12:10 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Caros companheiros!!!
Orientação profissional?? Quando, onde, como e porquê?
Fica bem no DR publicar os incentivos, mas aplicá-los jamais.
A instituição Exécito é uma grande instituição, mas gerida por uma cambada de aldrabões, corruptos e sem escruplos.
O Exército deveria ser melhor comandado... é pena!

 
At 10:42 da tarde, Blogger O Veterano disse...

Quanto à aplicabilidade dos Incentivos, a responsabilidade não está só no Exército, mas muito na DGPRM do MDN, que nesta matéria tem atribuições legislativas que lhe estão atribuídas, mas muito simplesmente não as cumprem nem se esforçam para o vir a fazer.
Aquilo que parece falha do Comando do Exército, deve-se ao natural querer desenrascar Português que quando atinge o limite, é o descalabro enumerado.

 

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