Voluntariado - Exército

segunda-feira, agosto 21, 2006

Governo põe em causa a Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas

No concurso de admissão de Praças para a GNR, voltou a abrir-se a candidatura a civis, segundo o Jornal Correio da Manhã de 18 de Agosto de 2006, do nosso ponto de vista não é completamente errado, só o é porque se dá o dito pelo não dito, ou seja, em Portugal tomam-se decisões sem a devida ponderação das mesmas e mais grave sem se avaliar sequer de forma isenta que tipo de evolução houve, deveria de haver ou poderia ter havido, isto leva à desconfiança e a enormes discrepâncias.

Inicialmente a Lei do Serviço Militar e a respectiva regulamentação, apontou a possibilidade de candidatura à GNR a uma percentagem de 30% de vagas a cada concurso, a militares em Regime de Contrato nas Forças Armadas Portuguesas.

Porque se efectivou o final do Serviço Militar Obrigatório, decidiu-se que por uma questão de adequada rentabilização de recursos Humanos e financeiros a par de uma necessária fluência de jovens pelas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, no tempo do Ministro da Defesa Dr. Paulo Portas, que só se poderiam candidatar à GNR cidadãos que tivessem um determinado tempo nas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, ou seja, qualquer candidato à GNR teria que passar pelas Forças Armadas Portuguesas.

Na fase de consolidação deste desígnio e após uma série de sabotagens da GNR à funcionalidade desta fórmula, eis que este Governo embarca num passo à retaguarda, isto se que se tivesse feito qualquer tipo de investigação da veracidade das desvantagens apresentadas pela GNR à prevalência da necessidade dos seus candidatos terem passado pelas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, de tal forma que nem a fórmula dos 80% militares 20% civis, prevalece num tempo em que as Forças Armadas Portuguesas necessitam de voluntários, em que este incentivo seria por certo uma mais valia.

Assim, os candidatos à GNR podem sê-lo sem terem passado pelas Forças Armadas Portuguesas, ou seja, não se rentabilizam recursos nem experiências, trabalha-se como de uma manta de retalhos se tratasse.

Com este tipo de atitude, não há recursos financeiros que resistam porque não se aproveita a formação militar, porque não nos podemos esquecer que a GNR continua a ser uma força militar.

Portugal com este tipo de gestão do bem público, não pode fazer face às dificuldades correntes, porque cada passo as amplia, ao invés de as minorar pela rentabilização inteligente e eficaz de recursos Humanos e financeiros.

A pergunta que se coloca é esta: Afinal de que lado está o interesse Nacional?