Voluntariado - Exército

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Qual é o produto final das Forças Armadas Portuguesas? II


10 – Com a existência de Orientação Profissional e Certificação para a integração natural no mercado de trabalho, isto porque nem todos têm lugar na G.N.R, P.S.P, Guarda Prisional, Judiciária ou em outras áreas similares, colocamos um ponto de interrogação?

11 – Naturalmente existem hoje na Sociedade Portuguesa, cidadãos com esta formação designada, que ninguém sabe onde estão, o que fazem ou o que estão a pretender fazer.

12 – Com currículos de Mercenário e à deriva, temos um número imenso de cidadãos que já passaram pelas fileiras das Forças Armadas Portuguesas e não se detecta preocupação nos responsáveis directos por estas matérias no Ministério da Defesa Nacional.

13 – O exemplo Operações Especiais é um entre imensos com formação militar mais intensa, tais como, Comandos, Paraquedistas, Fuzileiros ou Polícia Aérea.

14 – Para lá de que qualquer jovem que passe pelas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, hoje nos Regimes de Voluntariado (RV) e Contrato (RC), aprende no mínimo a fazer fogo com a espingarda automática G3, alguns também treinam tiro de pistola.

15 – Sem a Orientação Profissional, Reconversão e natural Certificação, as Forças Armadas Portuguesas, estão a formar imensos potenciais Mercenários, porque preparados para combate, mas sem preparação para o combate da integração social que deveria ser natural no mercado de trabalho, se houvesse preocupação tutelar com esta periclitante circunstância de preparar para integrar, pela positiva, na Sociedade.

16 – Ninguém sabe em Portugal, quantos destes militares se integram, ou quantos estão em dificuldades de integração, resta-nos por isso continuar a rezar para que todos se insiram no mercado de trabalho, ou se desviem das tentações menos licitas que por ventura os procurem.

17 – A responsabilidade da DGPRM – Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar do MDN – Ministério da Defesa Nacional, por inércia é por isso a cada dia que passa, relativamente à Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas de difícil compreensão, principalmente depois de tomarmos conhecimento da informação explanada e das interrogações colocadas.

Achamos, também, muito estranho que o Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas, o Senhor Presidente da República – Dr. Jorge Sampaio, deixe que tudo passe, sem escutar aqueles que têm experiência, aceitando sem perguntas, tudo aquilo que a filtragem lhe faz chegar.
Também a Comissão de Defesa Nacional, tem imensa responsabilidade em todo este processo, porque foi no seu seio que tudo se preparou relativamente à Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas, mas de acompanhamento e correcção das falhas detectadas, tudo desconhecem, também por falta de interesse e defesa do status quo, importa-lhes mais a aparência que o cumprimento da missão.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Qual é o produto final das Forças Armadas Portuguesas? I

Tomando como exemplo, as Operações Especiais do Exército Português, onde a Orientação Profissional e a Profissional e respectiva Certificação não existem, na perspectiva da reconversão profissional.

Pergunta-se, afinal qual é o produto final que sai a nível de Recursos Humanos das fileiras das Forças Armadas Portuguesas, no final do tempo de serviço militar em Regime de Voluntariado e Regime Contrato (RV/RC), isto no final do tempo de prestação do serviço militar que pode ir até 9 anos e meio, mais recentemente 7 anos quem inicia pelo RV e 6 anos quem inicia pelo RC.

Operações Especiais – Desde logo, implicam um treino muito específico a nível individual e que passa pelo domínio de diversas técnicas:

1 – O manuseamento autónomo de diverso tipo de armamento individual de combate, que pressupõe um treino intenso e até domínio absoluto de diversas técnicas e circunstâncias de acção exclusivamente militar.

2 – O treino com fogo real é uma necessidade específica deste tipo de militar que actua de forma individual ou em grupos muito pequenos.

3 – A formação na elaboração de planos de acção, que são levados à exaustão, constituem uma constante formativa, até para que o sucesso nas intervenções reais que venham a ser necessárias, constituam uma naturalidade em função dos objectivos a atingir.

4 – Também a formação no Planeamento, Elaboração e Execução de Operações Irregulares, constituem uma constante formativa, tendo em conta diversos cenários de combate.

5 – A preparação no planeamento e execução a nível de Reconhecimento de Longo Raio de Acção é crucial na formação destes militares.

6 – No sentido de manterem a exequibilidade operacional, participam em diversos exercícios de âmbito Nacional e Internacional.

7 – Adquirem formação pela aquisição de conhecimentos operativos de transmissão via rádio, sistemas operativos e de navegação via GPS.

8 – Como vimos, estudam as áreas de Planeamento até à exaustão, adquirem conhecimentos em técnicas de montanhismo, tais como, Escalada, Rapel, Slide, Ventral, Funicular, Teleférico. Técnicas de Socorrismo, como evacuação e transporte de feridos. Operações Anfíbias, tanto fluviais como marítimas. Alguns destes militares obtêm o curso Sniper.

9 – Todos os militares em Regime de Voluntariado e Contrato (RV/RC) recebem grande parte desta formação, o que os habilita para imensos Combates. Continua…

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Unificação do Voluntariado nas Forças Armadas Portuguesas

Esta passa obrigatoriamente pela assunção da Gestão orgânica pela Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar – DGPRM do Ministério da Defesa Nacional – MDN, de toda a Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas.

Apesar de já se encontrar com 5 anos de atraso, este atraso tem que ser colmatado por uma postura que já se encontra definida na orgânica de constituição da própria Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar – DGPRM do Ministério da Defesa Nacional – MDN, que deve ser assumida de forma inequívoca, pelo próprio poder político, na pessoa do próprio Ministro da Defesa Nacional.

Nesta nova dinâmica, não pode ser esquecida toda a representatividade a nível dos Recursos Humanos das Forças Armadas Portuguesas, porque só desta forma se consolidará definitivamente a própria Profissionalização das Forças Armadas.

Nenhum organismo estatal e mesmo o Ministério da Defesa Nacional, pode trabalhar de costas voltadas para os seus Recursos Humanos, sejam eles do Quadro Permanente (QP) ou dos Regimes de Voluntariado e Contrato (RV/RC), só esta Unificação entre todos os intervenientes nas Forças Armadas Portuguesas, poderá levar a uma verdadeira Profissionalização das Forças Armadas.

O que urge preservar, no meio de todas as crises, a nível dos Recursos Humanos das Forças Armadas Portuguesas, é o próprio diálogo, em que nenhum dos intervenientes pode ser excluído, após esta consolidação, urge uma dinamização de protocolos sociais que serão uma mais valia a juntar a todo este potencial descortinado.

Neste diálogo, após toda a reflexão efectuada, entretanto, urge colmatar toda a ineficácia normativa que tem penalizado de forma inequívoca os jovens Voluntários que têm vindo a prestar serviço militar em RV/RC, nas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, principalmente pela sua ineficácia funcional, até porque os Incentivos foram criados exclusivamente para propiciar uma fluência natural e positiva de jovens pelas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, o que não está a acontecer de todo.

A Lei do Serviço Militar, o Regulamento da Lei do Serviço Militar e o Regulamento de Incentivos, com o potencial de desenvolvimento muito específicos e grande parte deles direccionados para a funcionalidade adequada da Profissionalização das Forças Armadas e consequente unificação, não pode todo este processo, continuar à deriva num contínuo oceano de mal entendidos, que em nada beneficiam a visibilidade social das Forças Armadas Portuguesas.

Este paradigma tem que ser superado de imediato, principalmente porque é da Sociedade Portuguesa, que provêm os Recursos Humanos que as sustêm, ou seja, os Voluntários para a prestação de serviço militar, nos Regimes de Voluntariado e Contrato (RV/RC), das Forças Armadas.
O SMO já terminou, tem também que terminar a visão que o sustentou, uma vez que nova é também a forma de Recrutamento, que por isso requer uma nova visão, que tarda.