Qual é o produto final das Forças Armadas Portuguesas? II
10 – Com a existência de Orientação Profissional e Certificação para a integração natural no mercado de trabalho, isto porque nem todos têm lugar na G.N.R, P.S.P, Guarda Prisional, Judiciária ou em outras áreas similares, colocamos um ponto de interrogação?
11 – Naturalmente existem hoje na Sociedade Portuguesa, cidadãos com esta formação designada, que ninguém sabe onde estão, o que fazem ou o que estão a pretender fazer.
12 – Com currículos de Mercenário e à deriva, temos um número imenso de cidadãos que já passaram pelas fileiras das Forças Armadas Portuguesas e não se detecta preocupação nos responsáveis directos por estas matérias no Ministério da Defesa Nacional.
13 – O exemplo Operações Especiais é um entre imensos com formação militar mais intensa, tais como, Comandos, Paraquedistas, Fuzileiros ou Polícia Aérea.
14 – Para lá de que qualquer jovem que passe pelas fileiras das Forças Armadas Portuguesas, hoje nos Regimes de Voluntariado (RV) e Contrato (RC), aprende no mínimo a fazer fogo com a espingarda automática G3, alguns também treinam tiro de pistola.
15 – Sem a Orientação Profissional, Reconversão e natural Certificação, as Forças Armadas Portuguesas, estão a formar imensos potenciais Mercenários, porque preparados para combate, mas sem preparação para o combate da integração social que deveria ser natural no mercado de trabalho, se houvesse preocupação tutelar com esta periclitante circunstância de preparar para integrar, pela positiva, na Sociedade.
16 – Ninguém sabe em Portugal, quantos destes militares se integram, ou quantos estão em dificuldades de integração, resta-nos por isso continuar a rezar para que todos se insiram no mercado de trabalho, ou se desviem das tentações menos licitas que por ventura os procurem.
17 – A responsabilidade da DGPRM – Direcção Geral de Pessoal e Recrutamento Militar do MDN – Ministério da Defesa Nacional, por inércia é por isso a cada dia que passa, relativamente à Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas de difícil compreensão, principalmente depois de tomarmos conhecimento da informação explanada e das interrogações colocadas.
Achamos, também, muito estranho que o Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas, o Senhor Presidente da República – Dr. Jorge Sampaio, deixe que tudo passe, sem escutar aqueles que têm experiência, aceitando sem perguntas, tudo aquilo que a filtragem lhe faz chegar.
Também a Comissão de Defesa Nacional, tem imensa responsabilidade em todo este processo, porque foi no seu seio que tudo se preparou relativamente à Profissionalização das Forças Armadas Portuguesas, mas de acompanhamento e correcção das falhas detectadas, tudo desconhecem, também por falta de interesse e defesa do status quo, importa-lhes mais a aparência que o cumprimento da missão.