Voluntariado - Exército

sexta-feira, maio 30, 2008

Militares Contratados assumam o vosso Poder III

Quanto aos Sargentos e Oficiais Contratados, porque estão incluídos em categorias hierárquicas intermédias e superiores, têm outro tipo de tratamento e alojamentos, mas continuam sempre a ser uma segunda escolha.

Basta ver como é que têm vindo a evoluir os Incentivos ao RV/RC, onde se incluem Praças, Sargentos e Oficiais, em primeiro lugar e desde sempre os Incentivos nunca funcionaram em pleno, ouve sempre Incentivos que não funcionaram bem e mesmo outros que nunca funcionaram, em segundo lugar, ao invés de se terem corrigido estas assimetrias, o Ministério da Defesa Nacional ainda as agravou retirando em Setembro de 2007, numa alteração aos Incentivos completamente ilegal, todos os Incentivos que melhor funcionavam, aqui temos como exemplo máximo os dois duodécimos que eram pagos nas prestações pecuniárias.

Um Soldado Profissional com 6 anos de RC levava em média no final do seu contrato 7.300.00€ (sete mil e trezentos euros) antes da alteração aos Incentivos, a título de prestações pecuniárias.

Com a alteração aos Incentivos, esse mesmo Soldado Profissional com 6 anos de RC, leva em média no final do seu contrato 3.700.00€ (três mil e setecentos euros) a título de prestações pecuniárias.

Um Segundo Sargento RC com 6 anos de serviço levava em média no final do seu contrato 15.800.00€ (quinze mil e oitocentos euros) antes da alteração aos Incentivos, a título de prestações pecuniárias.

Com a alteração aos Incentivos esse mesmo Segundo Sargento RC com 6 anos de serviço leva em média no final do seu contrato 7.900.00€ (sete mil e novecentos euros) a título de prestações pecuniárias.

Um Tenente RC com 6 anos de serviço levava em média no final do seu contrato 19.900.00€ (dezanove mil e novecentos euros) antes da alteração aos Incentivos, a título de prestações pecuniárias.

Com a alteração aos Incentivos esse mesmo Tenente RC com 6 anos de serviço leva em média no final do seu contrato 9.950.00€ (nove mil novecentos e cinquenta euros) a título de prestações pecuniárias.

terça-feira, maio 20, 2008

Militares Contratados assumam o vosso Poder II

As missões de apoio à Paz são um outro motivo para que vão permanecendo nas fileiras do Exército Português, pelo menos como esperança, porque na prática só uma minoria tem essa possibilidade de participar e na maioria dos casos por mais que uma vez, enquanto outros nem uma única oportunidade têm.

Cria-se assim um ciclo contínuo em que a Instituição vai controlando estatisticamente as entradas e saídas, mantendo o Soldado Profissional anestesiado e pouco consciente, principalmente dos seus direitos, porque quanto a deveres eles são mais que muitos, mas quando algum Soldado mais desperto, apela aos seus direitos, a manipulação surge de imediato e por todos os meios voltando a anestesiar a sua consciência, não sabemos por quanto mais tempo isto vai ocorrer, mas que ocorre agora ocorre.
Temos como exemplo, o estatuto do trabalhador estudante que depende mais do Comandante, Director ou Chefe do que propriamente, o cumprimento de um direito, existindo mesmo casos em que os Comandos das Unidades não permitem sequer a apresentação de provas de como o militar está a estudar, desculpando-se na operacionalidade em que a Unidade está empenhada, dizemos nós falta de vontade.

Quanto às instalações que são dirigidas aos Soldados Profissionais, na maioria das Unidades do Pais, ainda temos as célebres Casernas com beliches para 20 ou 30 militares, bem ao modo e tempo em que Portugal ainda estava presente, em África, na Guerra Colonial.

Sabemos nós que num País desenvolvido da Europa Comunitária, os nossos Soldados Profissionais já deveriam ter em todas as Unidades de Portugal alojamentos para um máximo de 4 militares com uma casa de banho por alojamento.

É também por este tipo de circunstâncias que nós vemos como é que o nosso Exército trata os seus Soldados Profissionais, apesar de existirem umas instalações modelo que não estão habitadas e servem para quando representações militares de outros países nos visitam lhes sejam apresentadas como exemplo de como em Portugal se tratam os Soldados Profissionais, simplesmente não há nem respeito, nem bom senso, porque o modelo não passa disso mesmo.

quinta-feira, maio 15, 2008

Militares Contratados assumam o vosso Poder I

Os militares voluntários e contratados do Exército Português têm que começar a despertar para a sua importância dentro do mesmo.

Em Democracia, as maiorias têm que ser respeitadas, sendo os militares voluntários e contratados do Exército Português uma maioria inequívoca, como é que sucessivamente têm permitido que as suas condições sócio-profissionais se tenham vindo a degradar, pelo menos nos últimos três anos.

Há uma diferenciação entre os militares e desde logo os Contratados ficam como uma escolha para depois, depende muito de Unidade para Unidade e dentro destas em função das categorias, conforme sejam Praças, Sargentos e Oficiais.

Analisemos a situação dos Praças:

Dentro do Exército Português são a Maioria, apesar de ao longo dos últimos anos se ter vindo a falar sucessivamente do Soldado Profissional, com imensas dissertações, exposições de vontade, apresentação de eventuais novos fardamentos, equipamentos tecnológicos mais evoluídos, instalações que lhe são dirigidas mais adequadas aos novos tempos, entre muitas outras questões.

Vamos ao terreno e o que é que vemos, um Soldado a quem chamam Profissional, mas que tratam como se do Serviço Militar Obrigatório se tratasse, basta que se pergunte em qualquer Unidade do País, a cada Soldado como é que ele se sente em relação ao seu grau de satisfação dentro do Exército, relativamente à forma como é tratado, existem casos em que alguns ou algumas são colocados na rua sem qualquer tipo de contemplação, também porque ignoram os seus direitos e quem os pode ajudar.

Os Soldados são treinados para a Arte da Guerra e todas as suas implicações, na maioria dos casos quando esta formação acaba, são colocados por Unidades e respectivos impedimentos e o que é que ocorre, vêem-se muitas vezes a desempenhar funções que na maioria dos casos nada têm a ver com a sua formação militar profissional, tais como, limpezas, capinar, lavagem de louças nos refeitórios e muitas outras completamente desajustadas que cada um dos interessados conhece muito bem.

Porque é que estes Soldados Profissionais na sua maioria se mantêm nas fileiras e aceitam este tipo de tratamento desfasado, por um lado, é em muitos casos a sua primeira experiência de trabalho, têm um vencimento baixo, por outro lado, vão aguentando porque o mercado de trabalho também não tem muito melhor para lhes oferecer, veremos se esta situação mudar.

segunda-feira, maio 05, 2008

Militares Contratados dormem na formatura III

Tem-se falado muito em Regime de Contrato de Longa Duração, os interessados continuam com a velha postura de ficar à espera daquilo que os Senhores do Poder lhes vão decidir dar, ao invés de se unirem em torno da única Organização que com o apoio individual de todos os Militares do Regime de Voluntariado e de Contrato, poderá conseguir um Regime de Contrato de Longa Duração de Excelência.

Este é o toque de alvorada, parem de gastar a vossa energia militares do Regime de Voluntariado e de Contrato do Exército Português e comecem a investi-la, deixem de ser “ovelhas tresmalhadas” (militares distraídos) pelo sistema e passem a assumir a vossa condição de cidadãos responsáveis (militares atentos) também pela melhoria das vossas condições profissionais e de natural integração social, contribuindo de forma individual e colectiva para que tal evolução ocorra.

Ainda é possível contribuir para inovar, mas tem que ocorrer um despertar, uma tomada de consciência e uma decisão pela acção adequada.

O que é adequado para mim como militar Voluntário e Contratado do Exército Português? Continuar passivo ou passar à acção? Deixar que outros tomem as decisões por mim ou vou intervir, porque a minha intervenção vai marcar a diferença?

Custa tão pouco ficar desperto e assumir a minha própria responsabilidade, com a mais valia de poder ajudar outros e outras a que também despertem para a sua importância individual e colectiva, porque afinal nós somos o grupo que desperta, os militares Voluntários e Contratados do Exército Português.

Parece-me que já existe uma Organização que há alguns anos se preocupa em organizar e unir os militares Voluntários e Contratados do Exército Português, afinal como é que eu individualmente, também, posso contribuir para essa missão?

A melhor forma é sempre perguntar, procurar informação e passar à acção.

Certamente que essa Organização a quem vais dar o teu apoio, também te vai poder apoiar, porque é assim que funciona o trabalho solidário, a União é Força e consequentemente melhores resultados para o Grupo, tanto do colectivo para o individual como do individual para o colectivo.

Está tudo por fazer, é hora de mexer, estar na formatura atento, trocar informações, acompanhar o que se passa é fundamental, para lá do contacto indivíduo a individuo poderemos explorar com mais sucesso a utilização da Internet, e perece-me que a Organização de que falo já se encontra preparada para isso, basta que os interessados cumpram com a sua parte individual, intervenham, divulguem e estimulem a uma nova acção de todos os vossos camaradas, façam-se Membros Activos.