Voluntariado - Exército

segunda-feira, agosto 27, 2007

Alerta: Ex-contratados em situação precária

É o título de um artigo publicado no Correio da Manhã no dia 15 de Julho de 2007, que vem chamar a atenção para uma série de questões, nomeadamente para o facto de que imensos militares dos Regimes de Voluntariado e de Contrato, quando passam à disponibilidade têm imensas dificuldades em arranjar emprego.

Destaca-se o facto de ainda não existir um único gabinete de apoio à integração social destes militares patrocinado pelo Ministério da Defesa Nacional.

Especialistas na arte da guerra são completamente abandonados à sua sorte pelo Estado Português, o Jornal Correio da Manhã fez contactos para a obtenção de uma resposta ou comentário ao assunto por parte do Ministério da Defesa Nacional, mas não obteve qualquer tipo de resposta.

É retratada no artigo a situação de um militar de Operações Especiais que ilustra bem a forma como os militares dos Regimes de Voluntariado e de Contrato são tratados, em alguns casos pelo Exército Português e no geral pelo Ministério da Defesa Nacional, ou seja, só são motivo de atenção enquanto estão no activo e servem para a estatística que mantém a ilusão de que prestar serviço militar nos Regimes de Voluntariado e de Contrato é uma boa opção para os jovens Portugueses, porque na prática a diferença que começa a descobrir-se é abissal.

O General Garcia Leandro, Presidente da Direcção do Observatório de Segurança e Terrorismo disse ao Correio da Manhã, que a contratação de ex-militares especialistas, nomeadamente de Operações Especiais, por parte de organizações terroristas “é possível e é um perigo”.

Diz também que estes militares deveriam ser devidamente acompanhados no futuro, mas nós dizemos que já deveriam estar a ser devidamente acompanhados e orientados no presente.

O Presidente da Associação Nacional de Sargentos, António Lima Coelho, considerou que a contratação de ex-militares em situação precária por grupos terroristas é um “risco potencial, que temos de saber travar”. A solução, segundo apontou, é o “cumprimento do regime de incentivos”. “Não basta criar leis bonitas, é preciso cumpri-las”, defendeu Lima Coelho, que garante que são “muitos os casos de ex-militares em dificuldade”.

As mulheres também se queixam, nomeadamente em assuntos relacionados com o subsistema de protecção familiar à maternidade e paternidade.

O Presidente da ANCE – Associação Nacional de Contratados do Exército, diz entre muitas outras coisas: "Só quando acontecer algo de grave é que vão tomar medidas"