Voluntariado - Exército

quinta-feira, maio 24, 2007

Exército planeia centralizar comandos funcionais

É com este título publicado no Jornal Diário de Notícias de 08 de Maio de 2007, que o Exército anuncia que está a ponderar centralizar num único local os comandos do Ramo.

Este Chefe do Estado-Maior do Exército vem assim contrariar o que acabou de ser feito precisamente pelo Ramo há bem pouco tempo, ou seja, a descentralização precisamente desses mesmos comandos funcionais, o Comando de Pessoal para o Porto, o de Instrução a Doutrina para Évora, o Operacional em Oeiras e o da Logística em Lisboa, é de bradar aos céus a ligeireza com que esta gente apresenta estes assuntos.

Principalmente quando as condições de habitabilidade condigna para os seus militares são completamente descuradas, nomeadamente os Praças do Exército Português de quem estes senhores nem sequer se querem lembrar.

Como é possível que num País da Comunidade Europeia do século XXI e já no novo milénio, o Exército Português ainda tenha os seus Praças alojados em Casernas de 20 camas ou mais, sem o mínimo de condições de higiene e privacidade, sem um sala de estudo em todas as Unidades militares espalhadas pelo País e falam em mexer no que acabou de ser feito por se achou ser o mais conveniente.

Alguém tem que pôr fim a estes devaneios egoícos de quem quer utilizar os recursos financeiros disponibilizados pelo Orçamento de Estado, de acordo com os seus caprichos mesquinhos completamente desfasados da realidade de contenção e congelamentos, ao invés de pôr em marcha a dignificação dos recursos humanos, isto sim é urgente.

Numa altura em que o Ministério da Defesa Nacional anunciou publicamente destruir os Incentivos aos militares voluntários e contratados das Forças Armadas Portuguesas, nem o mínimo esforço de defesa o Exército emite publicamente no sentido de contrariar esta aberração, porventura é até conivente.

O mais curioso é que este Chefe do Estado-Maior do Exército, General Pinto Ramalho é dos que afirma que o Chefe do Sindicato no Exército é ele e o seu Comando, mas não se vê ele a assumir isso publicamente.

Se efectivamente é o Chefe do Sindicato que comece com urgência a dignificar a situação profissional dos seus voluntários e contratados, ao invés de entrar em ilusões egoícas e contrárias à ética profissional e social.

Estamos a começar a ficar muito cansados destes falsos Comandantes que se esquecem consecutivamente dos seus subordinados, não pagam aos contratados com direito, os dois duodécimos pelo RV, quando a isso têm direito, não incluem nas prestações pecuniárias aos pára-quedistas o subsídio de salto, não querem que os contratados tenham direito ao subsídio de desemprego em qualquer período anual em que individualmente decidam pela não renovação do seu contrato, quando a lei lhes confere esse direito.

Vai ter que ser mostrado imediatamente a este senhor um cartão vermelho senão ninguém o parará nas suas loucuras.

sexta-feira, maio 04, 2007

Incentivos ao RV/RC são destruídos

Em artigo do Jornal Correio da Manhã do dia 04 de Maio de 2007, vem sobre os Incentivos o seguinte que transcrevo:

INCENTIVOS PARA JOVENS

O Governo decidiu reduzir de seis para dois anos o tempo máximo para admissão nos quadros das Forças Armadas os militares que estiveram em regime de contrato ou de voluntariado. O objectivo é claro: “Ter quadros jovens nas Forças Armadas.”

As palavras são do ministro da Defesa, Severiano Teixeira, que anunciou ontem as alterações ao regulamento de incentivos à prestação de serviço militar nos regimes de contrato e de voluntariado, aprovado em Conselho de Ministros. O Governo decidiu ainda acabar com o “duplo incentivo contraditório”, que era a possibilidade de ingresso na Administração Pública e, em algumas situações, receber simultaneamente o subsídio de reintegração na vida civil. Assim, os militares poderão optar ou pelo ingresso na Função Pública ou pelo subsídio de reintegração.

A alteração ao Regulamento de Incentivos prevê ainda, segundo o comunicado do Conselho de Ministros, a adaptação à Convenção de Bolonha do subsídio para os estudos superiores.


Comentários:

Voluntários e Contratados do Exército Português, acordem, a ser verdade este texto, os militares Contratados depois de estarem a servir o Exército, já não servem para o Exército, com a agravante de que a experiência profissional não é reconhecida, com a redução anunciada de seis para dois anos o tempo máximo para a admissão nos quadros das Forças Armadas.

O mais curioso é o objectivo “Ter quadros jovens nas Forças Armadas”. Podem contar essa anedota a quem nunca esteve no Exército Português, mas a quem está ou passou pela experiência, arranjem outras justificações.

Agora pelo tempo de serviço prestado em RV/RC e segundo o Sr. Ministro da Defesa, em vez de serem reconhecidos pelo desempenho de funções de forma sobre-humana em muitas circunstâncias, os militares em RV/RC são punidos com a suspensão do direito às prestações pecuniárias.

Estamos admirados com estas decisões políticas, os Incentivos que estavam a funcionar são precisamente aqueles que agora são retirados.

Aguardo o acordar dos interessados quando deram de caras com a prática destas decisões.

Se até agora era razoável a prestação do Serviço Militar em RV/RC no Exército Português, agora com estas alterações iluminadas de quem desconhece o que anda a fazer, vamos ver a decisão que os jovens vão tomar.

Aqui temos a resposta às falhas consecutivas do Exército, não geres convenientemente, corta-se.