Candidatos encolheram nos últimos dois anos

Título de artigo publicado no Jornal de Notícias de 2 de Abril de 2007.
Afirma o artigo que o número de candidatos ao regime de Voluntariado e Contrato (RV/RC) das Forças Armadas (FA) tem vindo a diminuir significativamente nos últimos dois anos.

Diremos nós que têm tido muita sorte, o mercado de trabalho tem ajudado a que ainda existam candidatos, quando o mercado de trabalho absorver mais juventude e a publicidade enganosa for denunciada publicamente, teremos um cenário ainda de maior baixa do número de candidatos.

Temos chamado à atenção neste Blog, para uma série de lacunas que com o tempo tenderão a ser do conhecimento público e quando isso acontecer, veremos o que terá para dizer o Ministério da Defesa Nacional (MDN).

Será que a garantia, agora dada, de que o número de candidatos é ainda positivo, se irá manter?

É legítimo que o Ministério da Defesa Nacional mantenha a esperança, mas em relação à verdade, não há já qualquer tipo de esperança, aguardaremos o decorrer do tempo, até final do ano.

Vemos que a preocupação do Ministério da Defesa Nacional se concentra única e exclusivamente no Recrutamento, já quanto à integração social dos militares que passaram pelos regimes de Voluntariado e Contrato (RV/RC) das Forças Armadas (FA), nem uma palavra.

A esse nível temos vindo a explicar, neste Blog, o que é que se tem vindo a passar, basta que o que temos dito seja do âmbito público, para que os ajustamentos que deveriam ter sido feitos de forma voluntária por parte do MDN, tenham que vir a ser feitos em cima do joelho e muito à pressa.

Aguardaremos para ver se ainda vão a tempo, porque os militares que têm passado à disponibilidade já dão de conselho aos seus amigos e familiares que não ingressem nas Forças Armadas, uma vez que eles próprios se sentem enganados e alguns até humilhados relativamente ao rácio Incentivos e sua aplicabilidade, estejamos atentos.

Continua-se a olhar para estes recursos Humanos como se só fossem um número ou estatística, sem que se acautele minimamente a garantia de satisfação destes jovens relativamente ao que os incentiva a aderirem às Forças Armadas, ou seja, a aplicabilidade dos Incentivos tanto durante a prestação do serviço militar e mais importante ainda, essa mesma aplicabilidade após a sua passagem à disponibilidade e consequente apoio à sua natural integração na Sociedade.

As militares também vão ter uma palavra a dizer na questão da garantia de satisfação, uma vez que elas afirmam que no Exército, ainda hoje, a maioria das Unidades militares não se encontra preparada para as receber e quanto ao apoio à integração social, têm as mesmas queixas dos militares do sexo masculino.

Ficam as preocupações e os alertas.